TEMA 3 1fase - Breve análise sobre: 1 - Internacionalização Pedagógica em Contextos Digitais no Ensino Superior; 2 - Internacionalização apoiada em quatro pilares: Educação Aberta, Pesquisa e Inovação Responsáveis, Ciência Aberta e Escolarização Aberta; e 3 - A Internacionalização da Educação Superior no Século XXI: Desafios e Oportunidades.
TEMA 3- INTERNACIONALIZAÇÃO E MOBILIDADE
"1.ª fase Aquisição: E-atividade auto-aprendizagem com base na leitura, análise e visualização dos recursos de aprendizagem disponibilizados. (05 a 11 de maio)"
1 - Internacionalização Pedagógica em Contextos Digitais no Ensino Superior
A internacionalização pedagógica integra aspetos internacionais e interculturais no ensino superior para melhorar a qualidade da educação e pesquisa. Divide-se em três áreas: institucional, que procura melhorias nas instituições; profissional, focada na formação docente; e pessoal, que envolve aprendizagens interculturais. Embora o termo seja comum, muitas vezes as ações ficam limitadas a intercâmbios e parcerias, sem uma abordagem pedagógica clara. É essencial que os professores integrem as experiências internacionais nas suas aulas, usando diversas estratégias didáticas e respeitando diferentes estilos de aprendizagem e contextos culturais.
As estratégias devem incluir metacognição, colaboração, respeito intercultural, adaptação a formatos digitais e personalização do ensino. O ensino internacionalizado utiliza metodologias que promovem aprendizagem ativa e crítica. A internacionalização pedagógica oferece muitos benefícios, como inovação, atualização curricular, diversidade de ideias, uso de novas tecnologias e valorização da interculturalidade, além de fortalecer a atuação docente e a reputação das instituições, oferecendo aos alunos uma formação mais completa e global.
2 - Internacionalização apoiada em quatro pilares: Educação Aberta, Pesquisa e Inovação Responsáveis, Ciência Aberta e Escolarização Aberta
O capítulo aborda estratégias de ensino e práticas de internacionalização na educação digital, desde a educação básica até ao ensino superior. O enfoque principal é a promoção da internacionalização de maneira inclusiva e crítica, com a ajuda de recursos digitais. A autora apresenta quatro pilares para essa transformação:
1. Educação Aberta, que procura acesso livre ao conhecimento e promove ambientes educacionais inclusivos.
2. Pesquisa e Inovação Responsáveis, que prioriza ética e a participação de vários atores no processo científico.
3. Ciência Aberta, que incentiva o compartilhamento de dados e metodologias com a comunidade global.
4. Escolarização Aberta, que visa flexibilizar currículos e conectar práticas educacionais globalmente.
O capítulo destaca que a internacionalização digital vai para além de traduzir conteúdos, sendo uma verdadeira transformação pedagógica que valoriza inclusão e colaboração.
3 - A Internacionalização da Educação Superior no Século XXI: Desafios e Oportunidades
A internacionalização da educação é um processo antigo que cresceu com a industrialização e a globalização. Desde a Antiguidade, o movimento de pessoas facilitou trocas culturais. Hoje, isso afeta principalmente o ensino superior, que se tornou parte de uma agenda global de cooperação. O conceito de internacionalização, que se integra a aspetos internacionais e interculturais na educação, está ainda em desenvolvimento. Após as guerras mundiais, especialmente na Europa, esse movimento procurou promover paz e reconstrução por meio da colaboração académica.
Atualmente, a internacionalização expande-se globalmente, ligando universidades ao conhecimento. Isso começou com universidades antigas e ganhou força no século XIX. Hoje, ocorre por mobilidade académica, currículos internacionais e uso de tecnologias digitais, além de uma abordagem chamada "internacionalização em casa", que é mais acessível. Esse processo pode mostrar interesses dominantes ou resistências decoloniais, sendo um meio para melhorar a educação, não um fim.
Nos últimos anos, as universidades também procuram prestígio em rankings e atraem talentos, mas isso pode transformar a educação em mercadoria. A internacionalização começou no Norte Global, mas agora é repensada no Sul Global, valorizando saberes locais. Com a tecnologia e a pandemia, surgiram novas formas como aulas online. A integração de perspetivas globais nos currículos é importante para a cidadania global, mas é preciso lutar contra a resistência institucional para um processo mais democrático e acessível.
Conclusão:
1 - A internacionalização pedagógica representa um caminho essencial para o fortalecimento do ensino superior, ao integrar dimensões interculturais e internacionais de forma intencional e pedagógica. Mais do que promover intercâmbios e parcerias, ela exige o envolvimento ativo dos docentes na adaptação das práticas educativas a contextos globais, respeitando a diversidade cultural e valorizando metodologias inovadoras. Quando bem implementada, contribui significativamente para a qualidade da formação académica, promovendo uma educação mais inclusiva, crítica e alinhada com os desafios contemporâneos.
2 - A internacionalização da Educação Superior, intensificada pela globalização e pelos avanços tecnológicos, oferece amplas oportunidades de cooperação académica e científica. No entanto, ainda são escassos os estudos que investigam suas implicações para a pesquisa e a inovação, especialmente em termos de impacto social. Para que esse processo contribua efetivamente para o bem comum, é fundamental adotar abordagens inclusivas, como a Educação Aberta e a Pesquisa e Inovação Responsáveis (RRI), que promovem maior articulação entre educação, ciência e sociedade.
3 - A internacionalização da educação é um processo complexo e em constante transformação, que reflete dinâmicas históricas, políticas e culturais. Embora tenha raízes antigas, ela se intensificou com a globalização e continua a evoluir diante de novos desafios e oportunidades, como a tecnologia e a procura por equidade no acesso ao conhecimento. Para que a internacionalização seja verdadeiramente inclusiva e enriquecedora, deve valorizar a diversidade de saberes, promover o diálogo intercultural e garantir que todos os envolvidos na educação tenham voz ativa nesse processo.
Referências:
Barros, D. M. V. (Org.). (2023). Estilos pedagógicos de internacionalização no digital: Da alfabetização ao ensino superior. Universidade Aberta. https://doi.org/10.34627/uab.ead.19
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