Ensino híbrido

Considerando que vivemos numa era híbrida, de transição, de mudança. Nesse sentido, como refere o Ilustre Professor António Moreira devemos falar numa Educação híbrida, mas num sentindo que não se restrinja a uma visão redutora do hibridismo da modalidade educativa, não apenas dizer que combina elementos do ensino presencial e online, porque estes conceitos têm de ser descodificados, repensados uma vez que a educação à distância e presencial são diferentes daquilo que eram no séc. XX. Tem mais sentido falar em educação digital que se manifesta nestes diferentes espaços. Como vimos no FIEG na apresentação do Professor António Moreira na parte referente à democratização do acesso ao conhecimento e a aprendizagem ao longo da vida “a sociedade em rede favorece o acesso continuo ao conhecimento, fora dos limites temporais e espaciais da escola tradicional. Plataformas online e repositórios tornaram o conhecimento acessível a qualquer pessoa com conexão à internet, desafiando as instituições educativas como únicas organizações detentora do saber”. Como vimos poderá ser bastante benéfico para alunos por exemplo que estudem forem das grandes metrópoles como por exemplo Alfândega da Fé, poderá ajudar também os alunos que necessitam de explicações evitando que se desloquem muitos km para o acesso às mesmas, quando as escolas são em meio rural, ou noutras situações. Na educação hibrida os espaços educativos não são apenas a sala de aula, com a ligação em rede a educação vai decorrendo em todo o tempo e em todos os espaços.
Como conclusão, pode-se dizer que com a conexão em rede, a educação ocorre em todo tempo e em todos os espaços, não apenas na sala de aula. Um aluno pode assistir a uma aula gravada, participar de um fórum de discussão à noite ou receber explicações via videoconferência, sem precisar percorrer longas distâncias. Isso é especialmente relevante para comunidades rurais ou regiões com pouca oferta educativa presencial, reduzindo desigualdades geográficas. Se o conhecimento está disperso na rede, a escola e os educadores precisam assumir novos papéis: curadores de informação, mediadores de aprendizagem e facilitadores de competências digitais. A ênfase passa para o desenvolvimento de habilidades (como pensamento crítico e autonomia) em vez da mera transmissão de conteúdos. Com efeito, a educação digital, representa um avanço em direção a um modelo mais inclusivo e flexível, onde a aprendizagem se integra à vida cotidiana. No entanto, a sua implementação exige políticas públicas robustas (como infraestrutura de conectividade) e uma revisão crítica dos modelos pedagógicos tradicionais. O potencial é enorme, especialmente para quem está à margem dos grandes centros urbanos.

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